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O Brasil já deu certo, apesar dos críticos

Artigo do Portal HSM defende a idéia de que o Brasil está dando resultados positivos, escrito por “Marcelão” vale a pena dar uma conferia e se questionar se isso é fato não.

No último post que publiquei neste espaço, deixei uma pergunta em aberto: “Será que, apesar dos céticos, o Brasil já deu certo?”. Pois este post tem o objetivo de apresentar argumentos que mostram que o Brasil já está dando certo, sim.

Terça passada, 6 de março, a presidenta Dilma Rousseff participou da abertura da CeBit 2012, realizada na Alemanha. Este ano, o Brasil é parceiro da feira internacional de TI e telecomunicações, considerado um dos eventos mais importantes do setor em nível mundial. Foi uma oportunidade histórica para a TI brasileira consolidar a sua marca no exterior, acabando com a velha imagem de que somos o país do samba e do futebol. Somos benchmarking em vários campos de desenvolvimento, notadamente, no campo da automação bancária, com nosso sistema de pagamentos que permite a compensação e a intermediação de valores entre bancos praticamente em tempo real. Além disso, temos o exemplo do nosso sistema automatizado de eleições.

No campo da economia, já somos a sexta maior economia do mundo, caminhando para ser a quinta. Mas, se você não confia tanto em números, eu conto aquilo que vejo na minha frente como minha recente estadia na Disney, em Orlando, agora em janeiro. Uma quantidade de enorme de brasileiros visitando os parques da Disney e tirando fotos com a turma do Mickey. Sempre que eu parava em uma fila de espera ou em uma antessala tinha um brasileiro do lado para conversar. Recentemente a comentarista política Lucia Hippolito, da Rádio CBN, comentou sobre as questões referentes à entrada de brasileiros na Espanha. Para ela, o país deveria seguir o exemplo do presidente norte-americano Barack Obama, que anunciou providências para facilitar a concessão de vistos para os brasileiros visitarem os Estados Unidos. A razão é muito simples: enquanto o PIB dos demais estados norte-americanos apresenta resultado negativo, o PIB da Flórida é positivo devido à entrada de brasileiros para fazer turismo.

Para se ter uma ideia do que isso representa, no ano fiscal encerrado em outubro foram concedidos 820 mil vistos a brasileiros, salto de 44% sobre 2010. A Associação de Viagem dos EUA estima que os atrasos no visto já custaram US$ 606 bilhões à economia americana e 467 mil empregos na última década. Turistas dos países que integram o grupo dos Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – gastam uma média de US$ 6.000 por pessoa quando viajam aos EUA, segundo o site de notícias americano ABCNews.

No campo da política, tivemos importantes avanços como a Lei de Responsabilidade Fiscal e aprovação da Lei da Ficha Limpa, esta com forte apelo e acompanhamento popular, o que mostra que os brasileiros têm consciência da importância da sua participação no processo político do país e do consequente reflexo positivo que isso traz para o crescimento da nação.

Esse não é mais um país que tem que baixar a cabeça para qualquer gringo por se sentir menor que os demais. Está mais do que na hora de assumirmos nossa grandeza e não aceitar atitudes como a do Sr. Secretário Geral da FIFA, Jérome Valcke, que disse que precisávamos levar um “chute na bunda” ao se referir ao andamento dos procedimentos para realização da Copa do Mundo. Ele está correto em mostrar preocupação, mas a forma como se referiu ao nosso país foi extremamente condenável.

É claro que temos muito ainda a melhorar nos campos da saúde, educação e segurança pública, mas isso está longe de ser o cenário catastrófico pintado pelos críticos. Todo país e toda sociedade têm problemas, mas também não somos piores do que os outros em tudo ou quase tudo.

Portanto, fica a pergunta: será que está na hora de deixarmos para trás o que o dramaturgo Nelson Rodrigues chamava de “complexo de vira-lata” e acreditarmos mais em nosso país, investindo nele e incentivando o empreendedorismo?

Artigo de: http://migre.me/8hsEh

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Nuvem será responsável pela criação de 13,8 mi de novos empregos no mundo até 2015

Brasil será a quinta potência mundial em empregos produzidos no espaço on-line. Por MetaAnálise

A migração de serviços tecnológicos para a nuvem da internet criará 13,8 milhões de novos postos de trabalho no mundo todo nos próximos três anos, sobretudo na Ásia, mas também com destaque no Brasil, segundo um relatório da empresa de consultoria tecnológica IDC publicado nesta quarta-feira (7).

O estudo “Cloud Computing’s Role in Job Creation”, encomendado pela Microsoft, indicou que o Brasil, em 2015, será a primeira fonte de trabalho associado à “nuvem” na América Latina.

Entre 2012 e o final de 2015, os dados do estudo indicam que o número de postos de trabalho no mundo relativos à nuvem vai dobrar, passando de 6,7 milhões para 13,8 milhões, dos quais 48,9% se produzirão na China e Índia.

A migração de serviços à nuvem representa uma redução de custos para as companhias, uma economia que, segundo o estudo, se transformará em investimento e inovação que requereria mais pessoal tanto para pequenas como para grandes empresas.

Mais de um terço das vagas de emprego geradas pela nuvem serão abertas nos setores de comunicação, nos bancos e na produção em pequena escala. A estimativa é que as receitas derivadas da nuvem cheguem a US$ 1,1 trilhão até 2015.

Até esse ano, o Brasil terá 414,1 mil postos de trabalho relacionados à nuvem, tornando-se a quinta potência mundial em empregos produzidos no espaço on-line, embora longe dos quatro primeiros países: China (4,6 milhões), Índia (2,1 milhões), EUA (1 milhão) e Indonésia (915,8 mil).

O aumento de postos de trabalho associados à nuvem no Brasil será de 386% até 2015.

Notícia de: http://migre.me/8e8DP

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5 visões para o mundo em 2050

Clima instável, megacidades e produtos altamente customizados estão entre as previsões da empresa de logística alemã Deutsche Post DHL para o futuro. Por Exame

Como será o mundo daqui a quatro décadas? A empresa de logística alemã Deutsche Post DHL ouviu 42 gabaritados especialistas para tentar antecipar os cenários possíveis, levando em consideração diversos aspectos, como economia, tecnologia, sociedade e até o clima. O foco principal, no entanto, são as cadeias de logística e distribuição, ramo de atuação da companhia.

“Em um mundo que está se tornando cada vez menos previsível, temos que ampliar nosso horizonte e pensar em alternativas. Só podemos conceber estratégias robustas e definir o rumo certo se tivermos uma compreensão de diferentes perspectivas”, justifica o CEO da empresa, Frank Appel, em comunicado à imprensa.

Para fazer suas previsões, a empresa contou com a ajuda de instituições respeitadas, como o Fórum Econômico Mundial, o grupo Gfk e o Greenpeace.

Confira, a seguir, suas cinco visões para o mundo em 2050:

Cenário 1: Clima indomável

Em um mundo marcado pelo consumo desenfreado, o clima sofre com as consequências da exploração exacerbada dos recursos naturais. Os desastres naturais multiplicam-se. A demanda por infraestrutura de transporte também crescem. “Uma super rede mundial de transporte garante uma troca rápida de mercadorias entre os centros de consumo. Mas com o avanço das mudanças climáticas, as cadeias de suprimento são cada vez mais afetadas”, prevê a consultoria.

Cenário 2: A era das megacidades

As megacidades tornam-se potências mundiais. Elas são as maiores incentivadoras e também as maiores beneficiadas da transição para um paradigma de crescimento sustentável. Para superar os desafios de continuar a crescer controlando, ao mesmo tempo, as consequências indesejadas, como congestionamentos e emissões de poluentes, as megacidades recorrem à cooperação. “A robótica revoluciona os mundos da produção e dos serviços. Os consumidores mudam de hábitos: os produtos agora são, em sua maioria, alugados, em vez de comprados”, destaca a empresa. Uma super rede transportes, incluindo caminhões, navios e aeronaves, mas também transportes espaciais, conecta as cadeias de suprimentos das megacidades.

Cenário 3: Produção descentralizada

Neste cenário, a industrialização e o consumo personalizados tornam-se uma prática predominante. Os consumidores criam seus próprios designs e fazem seus próprios produtos, com o importante auxílio das impressoras 3D. “Isso leva a uma ascensão de sistemas regionais de comércio, com o fluxo global se restringindo a matérias-primas e dados”, diz a empresa. Os sistemas de energia e infraestrutura de produção e distribuição são cada vez mais descentralizados.

Cenário 4: Protecionismo paralisante

Com a deterioração da economia mundial, o nacionalismo exacerbado emerge e barreiras protecionistas fazem a globalização andar para trás, neste cenário nada animador. O desenvolvimento tecnológico estaciona e os altos preços da energia, derivados da escassez de recursos, levam a conflitos globais pelo controle das reservas. As cadeias de suprimento se regionalizam e tornam-se instrumentos estratégicos para os governos.

Cenário 5: Segurança em primeiro lugar

Nesta visão, o mundo é caracterizado por um alto nível de consumo graças à produção altamente automatizada e barata, mas a ordem é adaptar-se. Em função de mudanças climáticas radicais, as catástrofes naturais interferem nas cadeias de suprimento e o paradigma migra da maximização de eficiência para a mitigação de riscos. Sistemas redundantes de produção predominam na indústria e a principal prioridade é a segurança, com infraestruturas de backup para garantir transporte confiável em tempos perigosos.

Notícia de: http://migre.me/88wSq

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10 países que vão ‘dominar o mundo’ em 2050

Estudo do HSBC mostra quais serão as maiores economias do mundo em 2050; China e demais países emergentes serão destaque. Por Exame

São Paulo – Um estudo do banco HSBC mostra que, em 2050, 19 das 30

maiores economias do mundo serão dos países atualmente chamados de emergentes. Ainda segundo o estudo, juntas, as economias destes países superarão a dos desenvolvidos.

De acordo com a pesquisa, lançada em janeiro de 2011 e atualizada em 2012, a China superará os Estados Unidos, ocupando o primeiro lugar no ranking. A terceira maior economia será a da Índia. O México dará um salto da 13ª posição (em 2010) para a oitava, em 2050.

O Brasil, segundo o estudo, será a sétima maior economia do mundo, uma opinião divergente do que pensa, por exemplo, a equipe econômica do governo. No fim do ano passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a afirmar que o Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2015.

Notícia de: http://migre.me/82lKQ

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Organizações falham no business intelligence

O valor do BI tem sido amplamente reconhecido, mas está a ter alguma percepção significativa? Por Computerworld

A maioria das organizações é indiferente à análise que recebe dos seus dados, indicando que as iniciativas de business intelligence (BI) estão a ter pouco ou nenhum impacto nos seus negócios.
Esta é a reivindicação de um estudo recente a 250 executivos de nível sénior, realizado por algumas empresas de BI. 41% dos entrevistados disseram não estar nem satisfeitos nem insatisfeitos com os seus investimentos em análise de dados, e mais 12% disseram estar insatisfeitos.
Os pesquisadores acreditam que isso indica uma desconexão entre a gestão sénior e os recursos internos dedicados à análise de dados e de gestão.
Os dados são amplamente reconhecido como importantes nos negócios de hoje, com as organizações a empregarem uma média de sete pessoas para gerir, analisar e extrair dados. Com as ferramentas adequadas de análise de dados, esses recursos podem ser realocados para se concentrarem na tomada de decisões e em fazer avançar o negócio, de acordo com os resultados da pesquisa.
“As aplicações tradicionais de BI são como comboios. Podem ser mais rápidas, mais baratas e de fácil acesso, mas não há grandes descobertas feitas de comboio”, disse Bruno Saint-Cast, vice-presidente para a Europa da empresa que fez que fez a pesquisa. “É preciso sair dos carris”.

Notícia de: http://migre.me/82kLO

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O que é tendência de consumo em 2012

Embora seja difícil apontar caminhos seguros, a Trendwatching.com elenca 12 tendências que deverão pautar o universo do consumo nesse ano. Por HSM

Se em tempos de “paz” já é difícil saber quais serão os produtos e serviços que farão sucesso no mundo dos negócios, fica ainda mais difícil prever movimentos de mercado num tempo em que Europa e Estados Unidos veem crises se arrastarem por tempo indeterminado.

Mesmo assim, a Trendwatching.com, empresa de monitoramento de tendências comerciais, apontou 12 tendências de consumo crucias para a sobrevivência dos empreendedores em 2012. A organização busca insights e inovações que sejam aplicáveis aos negócios em todo o mundo. As tendências elencadas pela Trendwatching.com valem para empresas de todos os tipos e tamanhos.

Embora algumas das tendências envolvam o desenvolvimento de produtos e serviços com alta tecnologia, como a criação de meios alternativos de pagamento que não envolvam o uso de dinheiro em espécie, a Trendwatching assegura que os conceitos considerados nesse tipo de tecnologia são ainda mais fáceis de serem assimilados por companhias menores.

Isso porque, segundo explica Luciana Stein, que representa as atividades da organização no Brasil, empresas menores conseguem mudar suas trajetórias mais rapidamente, sem precisar se preocupar em contrariar as ordens preexistentes.

“Mostre-nos um empreendedor de sucesso que não possa aplicar o Dealer-chic e oferecer aos seus clientes acordos ou descontos que os fará sentir inteligentes, excitados ou divertidos”, exemplifica.

Ela cita, também, as possibilidades de implantar os princípios do que a Trendwatching chama, na décima tendência apontada para 2012, de Recommerce – ou recomércio, na tradução livre para o português – em que qualquer empreendedor é estimulado a recomprar de seus clientes itens antigos ou, ao menos, conceder descontos na aquisição de um novo produto.

“Todos os empreendedores podem comprar de volta algo de seus clientes no caso de uma nova compra. E repassar os itens comprados a uma organização não governamental pode fomentar uma boa reputação também”, afirma.

Aplicação expressa

Já estamos em fevereiro e será que já não é tarde para começar a pensar em tendências para o ano? Segundo Luciana, não. Por se tratarem de tendências, é de se esperar que levem bastante tempo para que se disseminem na sociedade.

O exemplo citado por Luciana é dos jornais em papel, que ainda coexistem, há mais de uma década, com a imprensa online. “O impacto das principais tendências é, muitas vezes, sobre-estimado no curto prazo e super estimado no longo prazo. As principais tendências de consumo dizem respeito a profundas mudanças sociais e culturais, que desafiam as estruturas econômicas e legais estabelecidas”, analisa.

Confira um resumo das 12 tendências de consume mais importantes apontadas pela Trendwatching para o ano de 2012:

1 – Red Carpet / Tapete vermelho: os empreendedores têm de entender que os chineses são o novo público consumidor do mundo e, por isso, é crucial desenvolver produtos e serviços voltados exclusivamente para eles

2 – Diy Health [Do It Yourself]: os consumidores buscarão, cada vez mais, aparelhos para cuidar da saúde sozinhos. São gadgets que monitoram seus estados de saúde e que permitem a realização de auto-exames

3 – Dealer-chic: o ato de pechinchar ganhou importância para os clientes, que gostam de compartilhar os descontos, sentindo-se satisfeitos com um bom negócio. As empresas podem se beneficiar disso ao ganhar fama de boas negociadoras, criando novas formas de conceder descontos

4 – Eco-cycology: as marcas investem em tornar transparentes o ciclo de vida dos bens que comercializam, além de ajudar os clientes a enviarem produtos de suas marcas para reciclagem

5 – Cash-less: item que está há tempos nas listas de tendências, a redução no uso do dinheiro vivo ganha força nesse ano devido à expectativa de que Google e Mastercard invistam fortemente nessas tecnologias

6 – Bottom of the pyramid [Base da pirâmide urbana]: há um notável aumento da força dos consumidores de baixa renda que residem nas cidades. Os empreendedores devem voltar seus olhos para a força desse público consumidor

7 – Idle sourcing [contribuição sem esforço]: as pessoas cada vez mais querem fazer parte de algo grande e significativo, sem fazerem esforços por isso e terão grande sucesso os aplicativos que fazem o esforço pelas pessoas, como é o caso de recursos que, a partir do posicionamento dos usuários, monitoram o trânsito em grandes cidades

8 – Flawsome: sucesso tem mais a ver com estar alinhado com o que querem os consumidores do que com apresentar tecnologias novas o tempo todo. Isso significa que os consumidores estão preparados para receber bem marcas que expõem suas falhas e lidam com elas de maneira transparente, flexível e bem humorada

9 – Screen culture [cultura da tela]: cada vez mais a interação das pessoas com o mundo e, consequentemente, com as marcas, se dá por meio de telas. Os empreendedores precisam repensar a forma como suas marcas estão sendo vistas e vivenciadas por meio dos aparatos eletrônicos

10 – Recommerce [recomércio]: a cultura da troca do antigo por um novo, comum para carros e casas, agora se estende a outros produtos, como aparelhos, roupas e até experiências. A idéia é que sejam concedidos descontos para quem oferecer seus itens usados na troca por um novo, aliviando pressões financeiras e ambientais

11 – Emerging maturialism: com uma população cada vez mais urbana – e, portanto, conectada, moderna e madura –, os consumidores de todo o mundo estão cada vez mais dispostos a experimentar e a aceitar formas mais ousadas de marketing

12 – Point & Know [aponte e saiba]: com conexão à internet disponível para grande parte dos consumidores, a busca, para cada produto, será voltada á profundidade das informações, histórias, origens, comparações, preços. A tecnologia QR é exemplo disso.

Notícia de: http://migre.me/7WC26

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Todos os ovos na mesma cesta

Mercado dinâmico e avanço da hipercompetição não permite mais ficar preso a apenas poucas fontes de receita. Revisão de portfólio e carteira de clientes emerge como tarefa fundamental. Matéria de CRN

O mundo dos negócios gira em espirais cada vez mais velozes. A história recente demonstra grandes transformações. O modelo simples de competição ganhou diferentes contornos e intensidade, exigindo transformações constantes dos negócios na proporção que os ciclos de vida das organizações sofrem uma nova dinâmica. O contexto pede, entre outras coisas, análise detalhada e constante de seu portfólio e de sua carteira de clientes como forma de fugir de cenários de dependência e consequentemente mitigar riscos. Diversificar fontes de receita emerge como algo primordial na perpetuação de uma companhia.

Muitas vezes, um fornecedor de TI não percebe que está dependente de um cliente ou fabricante. Começa com um projeto pequeno e tudo vai bem. Novas oportunidades surgem e abrem-se portas para novos negócios. Ótimo. Os olhos se arregalam e quer se abraçar o mundo. Em alguns casos, o empresário não vê que aquilo implica em comprometer uma capacidade de recursos que não possui. “Ao invés de ser uma solução para ganhar mais dinheiro, vira um problema de abastecimento e cumprimento de prazos onde padrões de qualidade podem não estar sendo atendidos”, aponta o consultor do Sebrae-SP, Reinaldo Messias, para acrescentar: “A oportunidade tentadora transforma-se em um enorme problema”.

“Não se pode ser dependente de um único produto, cliente ou fornecedor”, pontua Mariano Gordinho, presidente da Abradisti (Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação). Qualquer desvio de comportamento em um desses três elos gera um desequilíbrio sistemático, uma vez que as coisas atuam interconectadas. Pelo lado de oferta, obviamente, grandes marcas abocanham fatias significativas como fontes de receitas em negócio. “O que debatemos, é que uma marca top tem que representar menos de 50% da receita de um distribuidor, acima disso, a zona de risco é fácil de ser identificada, pois qualquer erro estratégico do fabricante tem uma implicação instantânea sobre grande parte do teu faturamento”, comenta. Existem alguns exemplos recentes nesse sentido no mercado brasileiro com o desabastecimento de produtos Cisco ocasionado a partir da Operação Persona.

Pelo lado da demanda, a representatividade de um cliente em sua receita  deve ser bem mais baixa do que o que você tem atrelado a um fornecedor. Alguns especialistas apontam para um patamar máximo de dependência de faturamento em uma única fonte entre 10 e 20%. A equação de Messias define não comprometer mais de 50% de sua capacidade de entrega nem atrelar mais de 30% de seu faturamento à apenas um freguês. Esses números farão com que, no mínimo, você tenha tempo de sair por aí em busca de novas fontes de renda.

Comprometer grande parte da capacidade de entrega em apenas uma fonte de faturamento acaba fazendo com que aquele cliente sinta-se dono do seu negócio. “Isso é ruim porque a pressão acaba sendo muito forte para os dois lados”, comenta o consultor. “Mesmo que você seja um fornecedor exclusivo, lembre-se que ninguém gosta de ficar refém”, diz o especialista, deixando claro o que é sabido por muitos: seu cliente sempre trabalha com uma alternativa para repor uma quebra de abastecimento. Jogue o mesmo jogo, afinal pulverizar as origens de receita, em último caso, evitará transtornos.

Além disso, existe a tentação de atender uma grande conta. Isso traz glamour e visibilidade. Na outra ponta surge um desafio de entrega e dependência que traz consigo alguns riscos embutidos de uma eventual dependência econômica daquela conta que engole fatias imensas da pizza de seu faturamento mensal. O cenário bom por um lado e um risco por outro. Procure olhar sempre além daquilo que você está fazendo. Não é que um cliente grande é ruim, afinal, alguns gigantes valem por 50 pequenos, pois tem diversas áreas passíveis de ser atendidas. Mas, ficar lá dentro só com uma atividade o deixará comprometido. Concentrar grande parte dos ganhos da companhia em apenas um cliente ou negócio pode ligar o sinal de alerta. Há um ditado muito repetido por executivos norte-americanos: não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta. Afinal, se ela for ao chão, muitos quebrarão.

Carlos Alberto Sacco, diretor de marketing da Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), recorda do caso de um amigo que, na época em que os mainframes dominavam o ambiente computacional corporativo, tinha uma empresa 100% vinculada à prestação do serviço de processamento da folha de pagamento de 10 mil funcionários para apenas uma companhia. O mercado passou por um downsizing. “Quando o cliente migrou da plataforma alta para o modelo distribuído, a empresa quebrou. O cara não se preparou para que pudesse antever esse problema ou mesmo desenvolver uma solução para o novo ambiente”, estabelece.

Caminho

Quando fundou a BRQ, diversificar as fontes de receita já figurava entre as preocupações de Benjamin Quadros. No início dos anos 90, deixou o posto de funcionário para virar fornecedor de serviço de desenvolvimento de software ao Unibanco (hoje Itaú/Unibanco). O técnico virava empreendedor sem ter a visão clara de que sua empresa se tornaria em uma das maiores companhias nacionais de TI. Contudo, quando viu que aquilo era um negócio, percebeu que depender de um único cliente poderia significar eventuais dores de cabeça.

Durante os três primeiros anos, os negócios da companhia concentraram-se apenas no banco, que era uma das maiores instituições financeiras do País a época, e trazia consigo o desafio da entrega para a novata. O gigante consumiu muitos dos recursos de produção da fornecedora. Tanto que outros bancos batiam à porta da BRQ querendo um pouco do que ela entregava ao Unibanco. “A qualidade era divulgada boca a boca, isso gerava demanda superior a capacidade”, recorda o presidente. Enquanto aproveitava a visibilidade que aquele projeto lhe dava, crescia internamente dentro do cliente único.

Na medida em que a capacidade de entrega crescia, novas contas eram absorvidas, e a participação do cliente caiu dentro do faturamento da fornecedora. “Até hoje focamos bastante em diversificação. Crescer implica em abrir novas portas. A concentração de receita é desconforto também para o cliente”, avalia Benjamin. Ao longo dos anos, a fornecedora seguiu uma cartilha de pulverização de receitas que contemplou, ainda, abertura de escritórios em outros estados e compra de empresas. Atualmente, o cliente mais expressivo dentro do faturamento da empresa responde por menos de 10% dos 330 milhões de reais verificados em 2011.

Só que o processo de diversificação não é simples. Nos anos 80, a Scopus estabeleceu-se como um dos principais players brasileiros de tecnologia apoiada na fabricação de computadores. No final daquela década, o Bradesco assumiu o controle acionário da companhia, transformando-se em uma espécie de departamento do banco. Em meados dos anos 90, a empresa partiu para um processo de reestruturação abrindo-se para o mercado. “Se olharmos há um tempo muito distante, éramos muito vinculados ao controlador e a um único contrato. Isso não existe mais”, comenta Mauro Cremm, superintendente-executivo da fornecedora, explicando que o que era um grande contrato de terceirização de telecomunicações e assistência técnica ganhou terreno dentro do Grupo.

Ainda hoje as receitas da companhia encontram-se muito ligadas a instituição financeira. Contudo, há uma orientação clara para fazer esse cenário mudar. O objetivo atualmente reside em aumentar participação de mercado sem deixar a concorrência atender o Bradesco que, afinal, investe uma quantia superior a 3 bilhões de reais em TI por ano. O expectativa é ver os negócios fora do controlador crescerem 35% ao longo de 2012 – ano em que a projeção de expansão geral da companhia aponta para uma taxa de 20% –, com foco nas verticais de finanças, telecom e fabricantes de tecnologia. A Scopus já percorreu um bom caminho ao longo desde que se propôs a ampliar sua atuação, contabilizando cerca de 100 clientes em sua carteira. Atualmente, a empresa está estruturada em duas grandes áreas: soluções, que desenvolve aplicações seguras e integradas para negócios online; e serviços, que está voltada à infraestrutura de TI das empresas.

Analisar a matriz de negócios muitos vezes traz algumas armadilhas quando concentração das receitas não encontra-se em um único cliente, mas em uma base de empresas de um mesmo setor, por exemplo com 80% de suas receitas ligadas a 10% de sua base. “O perigo, nesse caso, fica mais imperceptível pela pulverização. Se uma movimentação de mercado ou do setor pode forçar uma saída do mercado – com um único cliente, a dimensão do risco fica mais clara”, comenta Luis Augusto Lobão, professor da FDC.

Depender de um mercado concentrado é perigoso por expor a um cenário externo que extrapola em muitos pontos seu controle da situação. Ter uma companhia focada em mercados verticais pode ser uma estratégia certeira, mas tenha cuidado, pois muitas vezes a situação esconde um risco sistêmico. Pense se a especialidade dessa empresa seria atender clientes do setor de crédito imobiliário norte-americano há cerca de quatro anos. Independente de atender uma base grande de usuários, quando o mercado entrou em colapso devido ao subprime, sua estrutura, no mínimo sofreu algumas rachaduras. Monitorar as receitas em relação ao esforço da entrega e ponderar o risco da perda daquela receita no curto e médio prazo. Esse monitoramento pode ser fundamental. Mais: instabilidades e incertezas macroeconômicas levam companhias – seus clientes, no caso – em busca de novos e mais vantajosos contratos.

Engajamento

Parte do processo de amadurecimento pressupõe que os líderes de uma organização assumam a responsabilidade de buscar alternativas para perpetuação da empresa. É preciso conciliar a paixão pelo lucro tanto quanto pelo crescimento. A ideia básica consiste em preparar o setor e sistema de negócios como forma de que ao primeiro sinal de fragilidade em uma frente permita com que se consiga identificar novas oportunidades. O especialista em gestão defende a importância de que os executivos comecem a maturar – antes que seja necessário – oportunidades adjacentes e novas plataformas de negócio, o que significam novos clientes, nichos, canais e soluções.

“Pensar em novos clientes e tecnologias significa buscar novas plataformas de negócio ou adjacências”, comenta. A diferença entre os dois conceitos trazidos pelo especialista referem-se a distância em relação ao core business da organização. “Ambas são oportunidades”, ressalta. “Somente empresas excepcionais conseguem trabalhar as adjacências antes que seja necessário, pois isso significa perceber e maturar novidades, muitas vezes, no momento em que seu negócio passa pela fase de crescimento”, pontua. Dosar o esforço para pensar o novo é fundamental. “Outro elemento é que sofremos uma total desfronteirização dos setores”, sinaliza Lobão, indicando que não há mais limite para a concorrência em âmbito territorial quanto por indústria.

Notícia de:  http: //migre.me/7VSp3

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Mobilidade e análises em tempo real são desafios para BI

Matéria da Computerworld afirma que alinhamento da ferramenta com os objetivos de negócios são barreiras para Business Intelligence, apontam institutos de pesquisas

Milhares e até milhões de variáveis devem ser consideradas para que um negócio seja bem-sucedido no setor de atuação. Ter controle sobre os fatores que influenciam o rumo da empresa era impossível há alguns anos, em algumas companhias o motivo era o tamanho, e em outras porque os altos executivos não consideravam pequenas particularidades.

Mas agora, em um mercado globalizado e de grande competitividade, é necessário contar com ferramentas que permitam monitorar e ter acesso a todos os fatores e a todas as informações que circulam na organização. Nesse sentido, as tecnologias de Business Intelligence (BI) são de grande importância para permitir que funcionários tenham acesso a informações estratégicas, reduzindo o tempo necessário para efetuar as tomadas de decisão e acelerando o processo produtivo.

Hoje, a maior das companhias de tamanho considerável já conta com uma ferramenta de BI e por meio dela tem conseguido registrar importantes avanços nos negócios. Apesar disso, as organizações exigem novas e revolucionárias capacidades para esse tipo de solução e a indústria está trabalhando para atender às necessidades do mercado.

Uma área que está caminhando nessa direção é a de governança de dados. Se as informações de negócios são incompletas ou inválidas, as organizações podem tomar decisões que diminuem o desempenho e a lucratividade.

De acordo com levantamento da PricewaterhouseCoopers, 75% das grandes empresas enfrentam desafios significativos quanto à qualidade das informações. As companhias devem contar com uma ferramenta que combine integração e gestão da qualidade dos dados para que a informação seja devidamente processada e analisada, possibilitando a análise correta.

A mobilidade, tendência para 2012 na avaliação de especialistas, chega para mudar o cenário de BI. Segundo o instituto de pesquisas Gartner, até 2013 um terço das empresas terá acesso a ferramentas de Business Intelligence por meio de seus dispositivos móveis, embora atualmente existam poucas organizações que facilitem essa possibilidade.

Soluções de BI móveis vão se popularizar nesse ano e devem atender a certos requisitos básicos de negócios, como baixo custo total de propriedade, basear-se em arquitetura thin client e tecnologia web e ser capaz de gerar relatórios dinâmicos ou dados que vão além de alertas estáticos.

Big data e tempo real
Segundo a consultoria IDC, o universo digital da informação crescerá 50% e chegará a 1,8 zettabytes logo no início de 2012. Até 2015, vai superar a marca de 7 zettabytes. Esse quadro vai gerar a necessidade de contar com ferramentas que permitam analisar os dados em tempo real para tomar decisões com velocidade e com base em critérios diversos.

Isso fará com que soluções de BI saltem para anuvem. Não surpreendentemente, a IDC estima um crescimento interanual de 22 % nesse segmento durante 2012, impulsionado principalmente por aplicações de análise financeira e otimização de custos.

Por outro lado, o maior desafio para as ferramentas de Business Intelligence é alcançar o pleno alinhamento com os objetivos de negócio da empresa, contribuindo para o crescimento esperado. Em contraste, menos de 30% das empresas cumprem esse requisito de acordo com o Gartner, o que revela que é as organização têm um caminho importante a trilhar para obter o máximo dessas soluções.

Notícia de: http://migre.me/7V1Fc

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Interface simples é questão de ordem em BI

Empresas como PayPal e TIM evidenciam necessidade de levar ferramenta de fácil uso aos usuários, transformando BI em um sistema simples para ser usado no dia a dia. Por Informationweek

Executivos da indústria dizem que usuários de BI colocam como prioridades desempenho e facilidade de uso. E, ao que tudo indica, isso tem sido comprovado em projetos. Das apresentações que a InformationWeek Brasil assistiu durante o MicroStrategy World, em Miami (EUA), a maioria citou esses dois pontos como sendo essenciais para o sucesso do projeto.

A TIM, por exemplo, como apresentou o engenheiro de telecomunicações, Cesar Mansur Souza, optou por um projeto onde, na tela de um smartphone ou tablet, o executivo, a partir de uma tela simples e com poucas opções, consulta desempenho das redes 2G e 3G ou de como anda os serviços de valor agregado, como SMS e MMS.

O número de informações é grande, mas o usuário chega a elas sem qualquer dificuldade, seja via opções genéricas ou pelos filtros, que permitem refinar por Estado, cidade, tipo de serviço, entre outros. A meta agora é ampliar a análise da rede por meio da ferramenta.

É como frisou a diretora de pesquisa do Gartner, ao participar da conferência: “Precisa ser fácil de usar, ter interface amigável e acesso rápido, senão não terá adoção. Os dispositivos móveis propiciam isso também. Os usuários de BI são impacientes e não querem manual. O critério número um de escolha é usabilidade, ou seja, fácil de usar.”

No caso da PayPal, Anil Gandham, gerente de business intelligence da companhia, lembrou que escala e desempenho eram fundamentais, por estarem ligados ao core da empresa. Como o usuário móvel não tem paciência ao manusear aplicações, foi preciso investir forte em desempenho, com capacidades in-memory, agregação inteligente e gerenciamento de expectativas. “Conseguimos resposta às solicitações num tempo de dois a três segundos.”

A interface foi totalmente pensada em algo fácil de usar e no que o especialista chama de arquitetura plug-in. Ele prezou ainda pela flexibilidade.

“Quando se pensa em reports de BI, mobilidade muda o uso, a começar pela espera para que as informações cheguem. Os aplicativos vão para executivos e clientes, o tempo de resposta tende a diminuir muito. Por anos entregamos reports impressos e com muitas páginas. Com tablets, isso mudou. As aplicações convertem os relatórios de inteligência impressa para multimídia e interativa”, exalta Michael Saylor, CEO e co-fundador da MicroStrategy, referendando o trabalho dos departamentos de TI e aquilo que já é mostrado pelos institutos de pesquisa.

Notícia de: http://migre.me/7V1yR

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A nova invasão chinesa

Esqueça os manufaturados de baixo custo. Os produtos chineses que vão invadir nosso mercado serão de alta tecnologia – e fabricados aqui, matéria ótima da Época Negócios

Long é um supervisor de produção de CPUs na fábrica que a ZTE mantém em Shenzhen, zona econômica no sul da China conhecida tanto pelo seu parque industrial como pelos suicídios ocorridos ali. Lar das maiores fabricantes tecnológicas do mundo, Shenzhen é a meca para onde milhares de chineses pobres do interior migram todo ano em busca de uma vaga nos altos prédios que funcionam como alojamentos. É dali que muitos se atiram quando percebem o trabalho opressor que têm pela frente, com uma jornada de longas horas trocada por um salário baixíssimo.

Long não parece ser um destes casos. Pelos últimos 11 anos, ele trabalhou na ZTE – Zhongxing Technology Enterprises – e, após três promoções, tornou-se supervisor. Começou na linha de produção, ostentando o chapéu verde dos montadores dos gadgets que deram à ZTE o posto de quarta maior fabricante mundial de smartphones. No atual cargo, Long passeia pela fábrica com uma touca rosa-claro. Aos 30 anos, ele parece não querer abandonar o espaço conquistado no dormitório da ZTE, dividido com cinco outros funcionários. “Moro aqui de graça. O refeitório é bom e barato e, quando me casar, poderei ter um dormitório só para a minha família”, diz. Da ZTE, Long não quer sair de jeito nenhum. Mas de Shenzhen, e da China, talvez sim. A empresa está de olho no mercado mundial – e o Brasil é um dos alvos prioritários. “Já estive no Brasil duas vezes, mas nunca visitei Xangai”, diz outro funcionário, Xin Ge Singer, assessor em Shenzhen.

Em maio, sob os olhares dos presidentes de Brasil e China, Dilma Rousseff e Hun Jintao, a ZTE anunciou que investiria US$ 200 milhões em uma fábrica em Hortolândia, no interior de São Paulo, que produzirá modems, tablets e smartphones a partir deste mês. Trata-se, até agora, do exemplo mais palpável de uma nova onda de investimentos chineses no Brasil: saem os insumos agrícolas, commodities e peças mecânicas e entra a alta tecnologia. Além da ZTE, as outras grandes estrelas desta mudança são a Foxconn e a Huawei. A primeira, taiwanesa, pretende gastar nos próximos cinco anos US$ 12 bilhões na instalação de fábricas que empregarão até 100 mil pessoas e produzirão tablets, smartphones e telas. Uma linha de produção em Jundiaí está pronta e alguns iPhones made in Brazil já foram produzidos ali, diz a empresa. De outras linhas também sairão, ainda não se sabe quando, iPads e telas nacionais. Já a Huawei, no Brasil há 11 anos, anunciou em setembro que investirá R$ 600 milhões para produzir componentes para celulares e tablets.

A interação comercial entre Brasil e China nem sempre foi vantajosa para nós. Os chineses desmantelaram quase que por completo a indústria calçadista brasileira nos anos 90 e trouxeram à América do Sul os produtos made in China – de pouca qualidade e preços baixos. A partir de 2010, porém, uma nova relação se estabeleceu entre os dois maiores integrantes dos Brics: produção tecnológica made in Brazil com capital chinês. Neste ano, pela primeira vez na história, a tecnologia desbancará commodities e processos de baixa tecnologia (como produzir latas ou farelo de soja) para se tornar a ponta de lança dos investimentos chineses no Brasil. Dos US$ 5 bilhões chineses esperados por aqui neste ano, quase 40% serão para a área, diz Alessandro Teixeira, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A cifra contempla também os investimentos que as montadoras JAC Motors e SinoTruck farão.

ZTE, Foxconn e Huawei vêm para aproveitar o crescimento no consumo de tecnologia. “Só o número de smartphones vendidos deve dobrar em relação a 2010, para 9,7 milhões”, diz Luciano Crippa, do IDC Brasil. Se considerarmos todos os tipos de celulares, o número pula para mais de 65 milhões de aparelhos. Já os tablets somarão 300 mil unidades vendidas, três vezes mais que em 2010. Neste ínterim, o governo aprovou o Projeto de Lei de Conversão 23/11, mais conhecido como “MP do Bem para tablets”. Isentos de impostos, tablets produzidos localmente seriam até 30% mais baratos que os importados, alvos da pesada (e tradicional) taxação brasileira. Foi o empurrão necessário para convencer os estrangeiros a investir para driblar os impostos e aproveitar o pujante consumo. “O Brasil é um mercado que está começando a crescer”, diz Eliandro Ávila, presidente da ZTE Brasil.

Notícia de: http://migre.me/7OAZX

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