Três principais mudanças a partir do SPED

Assim como toda mudança, o SPED também mexeu com empresários, profissionais contábeis e empresas desenvolvedoras de software. Muitos encararam o arrocho fiscal como algo ruim, outros viram no SPED uma nova possibilidade de gestão empresarial.

Três principais proveitos podem ser tirados da imposição da Receita. O primeiro deles é quase inevitável: a mudança cultural da sonegação de impostos. Evitar que as empresas continuem com o caixa dois ainda é algo que precisa ser trabalhado, seja pelas próprias exigências vindas da Receita, seja por meio da figura do contador, principal agente de mudança desse processo.

“É importante que os empresários compreendam que o caixa dois só inviabiliza a gestão empresarial, já que os dados de tal sonegação não são contabilizados ou analisados. Ganha-se muito pouco de um lado e perde-se muito mais de outro, pois hoje conhecer a real situação econômica/financeira do negócio é fundamental”, relata Cezar Bernardon, contador e presidente da Datacoper Software e da Vistra Tecnologia.

O segundo ponto apontado como favorável é a inevitável modificação do perfil do profissional contábil. A transição da escrituração fiscal e contábil de papéis para o SPED, em que se têm os arquivos digitais, exige mudanças no próprio modo de agir dos contabilistas. Além do aumento da responsabilidade sobre as informações que são repassadas ao fisco, eles passam a exercer um papel mais proativo, verdadeiros gestores de informações, que utilizam os dados apurados diariamente para contribuírem com o andamento das empresas. Os empresários, de fato, sabem que tais informações estão presentes em seu banco de dados, mas eles precisam de alguém que forneça informações consolidadas. A tecnologia vem contribuindo também para a mudança do perfil do profissional, potencializando seu trabalho e otimizando seu tempo.

Esse é o terceiro ponto de mudança: o desenvolvimento tecnológico. A tecnologia aproveita a oportunidade e vem para revolucionar esse período. É preciso olhar para o mercado e ver as evoluções de softwares que auxiliam ambos os lados: escritórios de contabilidade e clientes, proporcionando máximo poder de gestão empresarial.

O SPED trouxe uma grande onda, que pode ser encarada como uma tsunami, que arrasa tudo, ou como uma onda cristalina, em que surfar é o melhor a se fazer. Prova de que se pode aproveitar o momento, é a ferramenta Vistra SPED BI, recentemente lançada no mercado brasileiro e que, a partir dos dados do SPED, fornece poder gerencial.

Não se trata de uma solução que valida os arquivos para serem enviados à Receita, o Vistra SPED BI vai além e fornece muito mais. Única e inovadora, a solução surpreende a classe contábil por transformar os arquivos EFD e ECD em informações gerenciais, isso em poucos cliques. Basta importar o SPED para a plataforma web da ferramenta e obter em instantes um rol de análises sobre os negócios dos clientes. Assim, o diagnóstico completo da empresa é disposto em gráficos, tabelas dinâmicas e indicadores, que podem ser personalizáveis, podendo, inclusive, realizar comparações entre um período e outro.

Os escritórios de contabilidade estão utilizando a novidade para realizar consultoria, agregando valor e um diferencial aos seus serviços, pois podem levar o mundo de análise que estava escondido nos códigos do SPED.

Assim, a partir da união dos pontos 1, 2 e 3 elencados aqui, teremos um novo modo de encarar o SPED. A exigência do fisco será propulsora da eliminação da sonegação de impostos, o que faz bem para empresários e para o próprio país, a mudança do perfil do profissional contábil que passa a auxiliar seus assessorados a tomar decisões e o aproveitamento das inovações tecnológicas que conferem mais poder para que essas mudanças realmente ocorram.

Basta dizer que as mudanças acontecem e sempre vão acontecer, crescerá quem souber aproveitá-las.

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